João Bunyan

terça-feira, 29 de dezembro de 2009 ·



Sonhador imortal
(1628-1688)

"Caminhando pelo deserto deste mundo, parei num sítio onde havia uma caverna (a prisão de Bedford): ali deitei-me para descansar. Em breve adormeci e tive um sonho. Vi um homem coberto de andrajos, de pé, e com as costas voltadas para a sua habitação, tendo sobre os ombros uma pesada carga e nas mãos um livro".
Faz três séculos que João Bunyan assim iniciou o seu li­vro, o Peregrino. Os que conhecem as suas obras literárias podem testificar de que ele é, de fato, "o Sonhador Imor­tal" - "Estando ele morto, ainda fala". Contudo, enquanto miríades de crentes conhecem o Peregrino, poucos conhe­cem a história da vida de oração desse valente pregador.
Bunyan, na sua obra, Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, nos informa que seus pais, apesar de vive­rem em extrema pobreza, conseguiram ensiná-lo a ler e es­crever. Ele mesmo se intitulou a si próprio de "o principal dos pecadores"; outros atestam que era "bem-sucedido" até na impiedade. Contudo, casou-se com uma moça de família cujos membros eram crentes fervorosos Bunyan era funileiro e, como acontecia com todos os funileiros, era paupérrimo; ele não possuía um prato nem uma colher - apenas dois livros: O Caminho do Homem Simples para os Céus e A Prática da Piedade, obras que seu pai, ao falecer, lhe deixara. Apesar de Bunyan achar algumas coisas que lhe interessavam nesses dois livros, somente nos cultos é que se sentiu convicto de estar no caminho para o Inferno.
Descobre-se nos seguintes trechos, copiados de Graça Abundante ao Principal dos Pecadores, como ele lutava em oração no tempo da sua conversão:
"Veio-me às mãos uma obra dos 'Ranters', livro esti­mado por alguns doutores. Não sabendo julgar os méritos dessas doutrinas, dediquei-me a orar desta maneira: 'Ó Senhor, não sei julgar entre o erro e a verdade. Senhor, não me abandones por aceitar ou rejeitar essa doutrina cega­mente; se ela for de ti, não me deixes desprezá-la; se for do Diabo, não me deixes abraçá-la!' - e, louvado seja Deus, Ele que me dirigiu a clamar; desconfiando na minha pró­pria sabedoria, Ele mesmo me guarda do erro dos 'Ran­ters'. A Bíblia já era para mim muito preciosa nesse tempo."
"Enquanto eu me sentia condenado às penas eternas, admirei-me de como o próximo se esforçava para ganhar bens terrestres, como se esperasse viver aqui eternamen­te... Se eu pudesse ter a certeza da salvação da minha al­ma, como se sentiria rico, mesmo que não tivesse mais para comer a não ser feijão."
"Busquei o Senhor, orando e chorando e do fundo da alma clamei: 'Ó Senhor, mostra-me, eu te rogo, que me amas com amor eterno!' Logo que clamei, voltaram para mim as palavras, como um eco: 'Eu te amo com amor eter­no!' Deitei-me para dormir em paz e, ao acordar, no dia se­guinte, a mesma paz permanecia na minha alma. O Se­nhor me assegurou: 'Amei-te enquanto vivias no pecado, amei-te antes, amo-te depois e amar-te-ei por todo o sem­pre'."
"Certa manhã, enquanto tremia na oração, porque pensava que não houvesse palavra de Deus para me sosse­gar, Ele me deu esta frase: 'A minha graça te basta'."O meu entendimento foi tão iluminado como se o Se­nhor Jesus olhasse dos céus para mim, pelo telhado da ca­sa, e me dirigisse essas palavras. Voltei para casa choran­do, transbordando de gozo e humilhado até o pó."


Para conhecer mais sobre esse servo de Deus faça o download de sua biografia completa no link abaixo:

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